No presente artigo, o autor examina a ordem jurídica argentina no que tange a execução de sentenças arbitrais envolvendo o Estado argentino. Tendo em vista o grande número de arbitragens iniciadas contra o país com base em tratados bilaterais de investimento (BITs) firmados com diversos países, o Estado tem contestado a jurisdição do tribunais arbitrais do ICSID, invocando-se, entre outros, força maior, rebus sic stantibus, devido à sua crise econômica. Analisa, outrossim, as conseqüências introduzidas pela ratificação da Convenção de Washington de 1965 para a execução de sentenças arbitrais estrangeiras no país, dentre elas, a ausência do processo de exequatur para as sentenças proferidas no âmbito do centro de arbitragem ICSID. Assim, diante dessa conjuntura de arbitragens internacionais de investimento, o autor compara os dispositivos advindos desses acordos internacionais com as regras previstas na Constituição argentina quanto à arbitragem de investimento e suas particularidades, restringindo o campo de intervenção das cortes estatais.